QUANDO AS PEDRAS SE MEXEM!



Flintstones, pregos, piratas, mamutes, coronéis.... Na realidade já não lembro de quantos adjetivos a geração dos quarentões foi tachada. Também é verdade que mediante a um comando arcaico, individualista e totalmente autoritário fica muito difícil crer que alguém possa unificar uma equipe, alcançar o comprometimento de todos e ainda conseguir projetar resultados passíveis de serem alcançados. A uma década atrás uma chacina foi desencadeada contra a geração dos quarentões. Se formos imparciais com o acontecido vamos nos reportar àquelas empresas cheias de obscuridade e rebeldia. Quem nunca viu uma empresa onde a grande maioria dos colaboradores eram humilhados pela força? Quem nunca entrou em empresas repletas de colaboradores mal informados de seus próprios produtos e serviços?! Quem nunca foi encarado como um problema enquanto que na verdade você era a solução, você era o cliente?!. Indiferença, mesmice, pouco alcance e medo. Perdão à geração dos “cinqüentões”( “quarentões” do ontem), mas vocês esqueceram que liderança não é força, aliás, nunca aprenderam, a necessidade foi que fez vocês passarem a pensar nisso, mas ai era tarde, vocês perderam o emprego pela inflexibilidade. Com o extermínio dos quarentões das posições de comando deu-se início a uma caçada, que parece não ter fim, por “líderes”. Grandes RHs partiram para a renovação de seus comandos acreditando que uma mente fisicamente mais nova, porém, tecnicamente mais preparada seria a solução. Se houve a crença de que os quarentões eram um placebo ácido para a manutenção de grandes equipes o mesmo podemos dizer desta geração “Y” (cheia de vaidades, isolamento, infidelidade, impulsividade e poder). Se os quarentões foram substituídos (chacinados) pelo fato de não possuir habilidade alguma para lidar com o emocional de seus subordinados o mesmo, tranquilamente, pode se dizer destes que, precocemente, assumira grandes cargos de chefia e até presidências antes dos 30 anos! Dá mesmo para acreditar que jovens que mal saíram da faculdade, que se jogaram em um MBA vagabundo, viajaram para Foz do Iguaçu-Paraguai ou para Rivera no Uruguai, blindaram de isopor seu currículum e depois dizer que este cidadão possui uma carreira internacional, dizer que o mesmo já têm reais condições de assumir o comando de 500, 2000mil , 4000mil, 5000mil colaboradores , ou dirigir um colegiado de 32 executivos altamente gabaritados ? Não se enganem amigos....claro que não. Alguém me explique por que as manchetes ainda clamam por “líderes”? Eu explico, houve um foco demasiado em jovens promessas, que sabem muito de tecnologia, mas esquecendo que estes jovens sabem pouco ou nada sabem de liderança, expressão, manutenção, motivação e espírito de equipes! Deu no mesmo! Os Rhs voltam atrás, desesperadamente voltam atrás, e finalmente tomam o caminho certo! Os quarentões voltam à cena. Hoje em função daquela renovação lá atrás, essa atitude começa a dar frutos. A geração dos quarentões ganha uma roupa nova em todos os sentidos, uma nova geração esta ai, são senhores e senhoras com um campo de visão muito mais amplo, falam muito na coletividade com a convicção de que isolados em um gabinete nada são capazes. Essa geração volta a ser valorizada, agora sim, pelo seu conhecimento técnico e pela, aprendida, gestão de pessoas. Em uma visão macro, digamos... que ficamos bem mais competitivos, é nossa tendência natural. Eu, os resultados e o Brasil agradecem. Quarentões concorridos “a tapa” pelo mercado, quem diria!!!

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